No início deste semestre, um pequeno pássaro sem-teto, digo, sem ninho, decidiu transformar minha caixinha dos Correios em lar. Embora muito compadecida, e até solidária com tão nobre causa, me vi obrigada a interromper a construção do ninho. Imaginem só: se o ninho ficasse pronto e com ovinhos ou filhotinhos e o carteiro depositasse uma correspondência. Poderia ser fatal para os futuros pequenos vizinhos. Enfim construi um lar para meus pequenos amigos. Uma bela casa, com um único cômodo, pindurada numa bela àrvore. Infelizmente, o dito pássaro insiste com a caixa de correspondência.
Justo quando a casinha se transforma numa tapera, eis que o bendito passarinho resolve entrar para espiar.
Pena que ainda não quis habitá-la.
